A tartaruga que queria dormir
Era uma vez uma tartaruga que estava muito ensonada.
Tinha tanto sono que ia dormir o inverno todo.
- Aaaaaaaaaaaah! – bocejou ela.
Lavou os dentes, ajeitou a cama e já estava deitada com o seu pijama às riscas.
Os olhos fechavam-se e o tic-tac do relógio estava a adormecê-la.
De repente, bateram à porta.
- Toc, toc, toc…
A tartaruga abriu os olhos,lentamente levantou-se, acendeu a luz e viu o relógio:
- Quem será a estas horas?
Levantou-se, lavou a cara e ajeitou a carapaça, que à rua não se sai de pijama.
Ao abrir a porta, encontrou um embrulho com um laço. Lá dentro tinha uma manta lilás e um papel que dizia:
- Que passes bem o inverno! A tua amiga Cotovia.
- Que amável! Que delicada! – pensou a tartaruga feliz com a manta.
E, ainda mais ensonada, foi direitinha à cama.
- Aaaaaaaaaaaah! – voltou a bocejar.
Tinha tanto sono que ia dormir o inverno todo.
Lavou os dentes, ajeitou a cama e já estava deitada com o seu pijama às riscas. Aconchegou o corpo à manta lilás.
Os olhos fechavam-se e o tic-tac do relógio estava a adormecê-la. De repente, bateram à porta.
- Toc, toc, toc…
A tartaruga abriu os olhos, lentamente levantou-se, acendeu a luz e viu o relógio:
- Quem será a estas horas?
Levantou-se, lavou a cara e ajeitou a carapaça, que à rua não se sai de pijama.
Ao abrir a porta encontrou um bolo de pera e, escrita, uma nota:
“Que passes um bom inverno! A tua amiga marmota”
- Que amável! Que delicada! – pensou a tartaruga, entusiasmada.
E, em três tempos… 1, 2, 3 comeu o bolo.
- Aaaaaaaaaaaah! – voltou a bocejar.
Tinha tanto sono que ia dormir o inverno todo.
Lavou os dentes, ajeitou a cama e já estava deitada com o seu pijama às riscas. Aconchegou o corpo à manta lilás e tinha a barriga cheia de bolo de pera.
Os olhos fechavam-se e o tic-tac do relógio estava a adormecê-la. De repente, bateram à porta.
- Toc, toc, toc…
A tartaruga abriu os olhos, lentamente levantou-se, acendeu a luz e viu o relógio:
- Quem será a estas horas?
Levantou-se, lavou a cara e ajeitou a carapaça, que à rua não se sai de pijama.
Ao abrir a porta encontrou um cesto e lá dentro uma carta com uma letra estranha:
- Que passes um bom inverno! A tua amiga aranha.
- Que amável! Que delicada! – pensou, contente e pasmada.
E, com o gorro de lã, cobriu a cabeça pelada.
- Aaaaaaaaaaaah! – bocejou a tartaruga.
Tinha tanto sono que ia dormir o inverno todo.
Lavou os dentes, ajeitou a cama e já estava deitada com o seu pijama às riscas. Aconchegou o corpo à manta lilás, tinha a barriga cheia de bolo de pera e, na cabeça pelada, o gorro de lã.
Os olhos fechavam-se e o tic-tac do relógio estava a adormecê-la. De repente, bateram à porta.
- Toc, toc, toc…
A tartaruga abriu os olhos, lentamente levantou-se, acendeu a luz e viu o relógio:
- Quem será a estas horas?
Levantou-se, lavou a cara e ajeitou a carapaça, que à rua não se sai de pijama.
Ao abrir a porta encontrou o leão. Tinha uma cara triste e cheia de aflição!
- Não tenho dinheiro para comprar
Nem jeito pata tecer
Tampouco sei cozinhar…
Diz-me tartaruga,
Que posso fazer?
A tartaruga pensou, pensou
E, finalmente, afirmou:
- Pois, se me queres oferecer um presente
Silêncio é o que me faria contente!
- Aaaaaaaaaaaah! – voltou a bocejar.
Tinha tanto sono que ia dormir o inverno todo.
Lavou os dentes, ajeitou a cama e já estava deitada com o seu pijama às riscas. Aconchegou o corpo à manta lilás e tinha a barriga cheia de bolo de pera e na cabeça o gorro de lã.
Os olhos fechavam-se e o tic-tac do relógio estava a adormecê-la.
E logo… adormeceu!
Mas não foi pelo gorro de lã,
Nem pelo bolo de pera,
Nem pela manta lilás…
Foi porque, deitado na entrada, leão vigiava,
Para que não se movesse ninguém da bicharada!
"A Tartaruga que queria dormir"
de Roberto Aliaga
Cenários e adereços feitos por
Isabel Jordão
ABRACINHOS
Neste link poderá ver mais fotos dos cenários desta história e não só
https://www.facebook.com/pg/artystorias/photos/?tab=album&album_id=440181956067053