A Concha

Esta é uma história verídica que se passou com a minha amiga Isabel, que vai às escolas e infantários do concelho, fazer Promoção do Livro e da Leitura, juntamente com outras colegas.
Contou-me ela que, uma tarde, por volta das 19h, quando saía da piscina onde tinha ido à aula de hidroginástica, encontrou-se com um menino, acompanhado com a mãe, que vinham em direção contrária.
O menino, que teria entre os 3/4 anos, trazia uma concha entre as duas mãos. Quando avistou a Isabel, parou, sorriu e disse:
- A conta!
A Isabel, parou diante do menino e, pensando que ele se referia à concha que trazia nas mãozinhas, respondeu-lhe:
- É linda, a tua conchinha!
Mas o menino continuava parado a olhar para a minha amiga e repetia:
- A conta mamã, a conta!
A mãe que, entretanto, tinha avançado um pouco, parou, olhou para trás e chamou o filho:
- Anda filho! Olha que chegamos atrasados à aula.
Mas o menino insistia, parado em frente à Isabel:
- A conta mamã!
A Isabel, também parada em frente ao menino e sem saber o que fazer, voltou a falar-lhe da conchinha:
- Queres mostrar-me a tua conchinha?
A mãe continuava a chamar pelo filho e ele, já com ar desesperado, tentava fazer-se entender. Por fim, passou a concha para uma só mão e com a outra apontou para a Isabel e disse:
- Mamã: Vitóia, vitóia... tóia!
Por fim, fez-se luz na cabeça da Isabel! Ela sorriu carinhosamente para o menino, depois, virou-se para a mãe e perguntou:
- O menino anda na escolinha de Alvor?
- Não - respondeu a mãe - anda na Figueira.
Foi então, que a Isabel explicou à mãe daquele menino, que tinha contado histórias aos meninos da escolinha da Figueira, no dia anterior.
Quanto à "Conta" não era nada mais que "A Contadora de Histórias", ou seja, a minha amiga Isabel.
Abracinhos